sexta-feira, 18 de maio de 2012

CONTESTAR O IMI PODE CUSTAR MAIS DE 3 000 EUROS

Uma forma eficaz, mas injusta e gravosa dos direitos dos contribuintes, de desincentivar os pedidos de reavaliação dos imóveis feitas pelas Finanças.


Já é usual um contribuintes pagar 600 euros para contestar o valor de avaliação das Finanças.
O valor máximo passou de 2 040 para 3 060 euros com a entrada em vigor do OE2012. 
Os contribuintes que pretendam contestar a avaliação das casas feita pelas Finanças para efeitos do IMI podem deparar-se com uma surpresa muito desagradável.
Embora o valor de referência para pedir uma segunda avaliação seja de 204 euros estão a surgir casos em que os encargos são o triplo.
Os contribuintes que virem os seus imóveis reavaliados podem contestar a avaliação solicitando uma segunda apreciação mas essa decisão pode ter custos elevados para o contribuinte. De acordo com a AT o pedido de segunda avaliação tem um encargo mínimo de 204 euros para o requerente se o valor da casa se mantiver ou aumentar depois da nova avaliação. O bastonário da OTOC Domingues de Azevedo considera que a legislação permite que «os chefes de Finanças possam determinar um valor mais alto se alegarem que o processo em questão tem uma complexidade elevada».
O bastonário classifica esta prática das Finanças como uma «extorsão» que «serve para desincentivar os pedidos de reavaliação e o cumprimento da lei»até aos 3 060 euros definidos no código do IMI. Este valor só está em vigor desde o início do ano. Numa altura em que se sabia que a AT iria avaliar as 5,2 milhões de casas o Governo fez uma alteração ao código do IMI no OE2012. E o custo máximo das segundas avaliações aumentou 50% passando de 2 040 para 3 060 euros.
Ao ser invocada a complexidade dos processos a perspectiva de custos para os contribuintes agrava- se bastante, podendo os contribuintes ser confrontados com custos entre 500 a 600 euros pela segunda avaliação do imóvel e no limite atingir os 3060 euros.


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