segunda-feira, 21 de maio de 2012


EM VEZ DE JUSTIÇA TRIBUTÁRIA SURGE A ASFIXIA FISCAL !
A Plataforma Justiça Fiscal alertou há mais de um ano para o risco brutal do crescimento de penhoras do fisco a contribuintes incapazes de liquidar o "monstruoso IMI " levando-os a perder as suas casas. O Fisco executa penhora sem dar oportunidades aos contribuintes e sem se preocupar com a situação social dos mesmo. Preocupante é facto de não se saber quantos imóveis já foram penhorados a contribuintes incapazes de liquidar as suas obrigações fiscais.
Depois do cutelo da banca agora é o cutelo do Fisco. O IMI, imposto mais absurdo a irracional que pode existir, pode atirar famílias para a rua, como temos vindo a alertar. Há famílias que, desde 2003, suportam com enormes dificuldades a severidade deste imposto, com enormes sacrifícios. Esta severidade está agora a bater à porta de muitas centenas de imóveis ainda não reavaliados à luz do Código do IMI, em vigor desde Dezembro de 2003. A Plataforma Justiça fiscal defende a reavaliação geral de todos os imóveis urbanos e rústicos, para haver equidade e de imediato uma redução da taxa de IMI para a taxa mínima. Numa segunda fase defendemos a integração de todo o património imóvel e móvel para efeitos de tributação, aplicando-se taxas progressivas em função do património total llíquido. Está na hora de as diferentes forças políticas tomarem consciência da brutalidade deste problema antes que ele alastre mais e cause maiores dramas sociais. A casa que na Constituição da República Portuguesa é um direito constitucional, tendo sido incentivada durante décadas a sua aquisição por sucessivos governos e pela banca, ameaça tornar-se um enorme pesadelo para os seus proprietários.
E este gravissimo problema gerado pela reforma de 2003 não se resolve com isenções em cima de isenções. Isenções distorcem o sistema tornando-o mais injusto. Resolve-se com redução da carga fiscal e com tributação de todo o património líquido. Isso será objecto de uma sólida proposta da Plataforma Justiça Fiscal em direcção a um novo paradigma da tributação do Património.
Urgente rever esta situação, antes que ocorra uma revolta dos contribuintes como alertava à dias um Presidente de Cãmara, finalmente desperto para este problema. Foram precisos mais de 8 anos para os autarcas começarem a tomar consciência do problema. Durante anos e anos encheram os cofres à custa dos contribuintes, sobretudo daqueles que viram os seus imóveis avaliados após Dezembro de 2003. Já era tempo senhores autarcas !

sexta-feira, 18 de maio de 2012

CONTESTAR O IMI PODE CUSTAR MAIS DE 3 000 EUROS

Uma forma eficaz, mas injusta e gravosa dos direitos dos contribuintes, de desincentivar os pedidos de reavaliação dos imóveis feitas pelas Finanças.


Já é usual um contribuintes pagar 600 euros para contestar o valor de avaliação das Finanças.
O valor máximo passou de 2 040 para 3 060 euros com a entrada em vigor do OE2012. 
Os contribuintes que pretendam contestar a avaliação das casas feita pelas Finanças para efeitos do IMI podem deparar-se com uma surpresa muito desagradável.
Embora o valor de referência para pedir uma segunda avaliação seja de 204 euros estão a surgir casos em que os encargos são o triplo.
Os contribuintes que virem os seus imóveis reavaliados podem contestar a avaliação solicitando uma segunda apreciação mas essa decisão pode ter custos elevados para o contribuinte. De acordo com a AT o pedido de segunda avaliação tem um encargo mínimo de 204 euros para o requerente se o valor da casa se mantiver ou aumentar depois da nova avaliação. O bastonário da OTOC Domingues de Azevedo considera que a legislação permite que «os chefes de Finanças possam determinar um valor mais alto se alegarem que o processo em questão tem uma complexidade elevada».
O bastonário classifica esta prática das Finanças como uma «extorsão» que «serve para desincentivar os pedidos de reavaliação e o cumprimento da lei»até aos 3 060 euros definidos no código do IMI. Este valor só está em vigor desde o início do ano. Numa altura em que se sabia que a AT iria avaliar as 5,2 milhões de casas o Governo fez uma alteração ao código do IMI no OE2012. E o custo máximo das segundas avaliações aumentou 50% passando de 2 040 para 3 060 euros.
Ao ser invocada a complexidade dos processos a perspectiva de custos para os contribuintes agrava- se bastante, podendo os contribuintes ser confrontados com custos entre 500 a 600 euros pela segunda avaliação do imóvel e no limite atingir os 3060 euros.